Figura icónica da música negra norte-americana, Gil Scott-Heron muito mais do que cantor foi poeta e activista. Precursor do rap, título que não agradava a Gil Scott, foi durante vários anos apelidado de ‘Bob Dylan negro’, muito em parte pela sua veia política.
Ao longo de quatro décadas dedicadas à música, Scott-Heron lançou mais de 20 discos, marcados por uma grande consciência social e fortes mensagens políticas. Esta semana recordamos o seu primeiro trabalho - “Small Talk at 215th and Lenox”.
Editado em 1970, pela Flying Dutchman, e incontornavelmente marcado pela ‘spoken word’, ao longo dos 15 temas que compõem o álbum são tecidas duras críticas à classe média americana e ao consumismo norte-americano, à superficialidade da televisão e ao consumo de massas – no tema ‘The revolution will not be televised – e ainda à hipocrisia de alguns “auto-denominados” activistas negros, numa época de convulsões económicas, lutas cívicas e aceleradas mudanças sociais.
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