Nos
anos 70, cantar soul com o selo de editoras como a Motown, a Atlantic
ou a Stax era quase sinónimo de sucesso. Curtis Mayfield não tinha
contrato com nenhuma delas e o sucesso foi garantido, sendo um dos
artistas mais talentosos do século XX, tanto no papel de cantor e
compositor como no de crítico social. Durante 13 anos fez parte do
grupo vocal “The Impressions” e em 1970, este soulman de Chicago
apostou numa carreira a solo, surgindo “Curtis”, um álbum
editado pela Curtom Records, casa fundada por si próprio.
No
tema que abre o trabalho, “(Don’t worry) If there’s a hell
below we’re all going to go”, as suas características de
ativista político e social são evidentes e esta é uma das marcas
de Mayfield ao longo de toda a sua carreira. O seu talento como
produtor e multi-instrumentalista evidencia-se junto a Marvin Gaye ou
Stevie Wonder, a tríade da música negra dos anos 70. “Curtis” é
a estreia do arquiteto da soul da Chicago a solo e o Disco Chen desta
semana no Acorda Bamba, para escutar durante toda a semana nas manhãs
da Rádio Universidade de Coimbra.
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